
APRESENTAÇÃO
A Carroça de Mamulengos foi criada em Brasília em 1977 pelo bonequeiro Carlos Gomide. Em 1982, a atriz Schirley P. França integrou a companhia e tornaram-se a família Gomide França. Schirley e Carlos tiveram oito filhos: Maria, Antônio, Francisco, João, os gêmeos Pedro e Matheus, e as gêmeas Isabel e Luzia, cada filho nasceu em um lugar diferente devido à itinerância artística da companhia.
Hoje, a Carroça de Mamulengos é formada por três gerações de artistas: são brincantes, atores, músicos, bonequeiros, contadores de histórias, palhaços e arte educadores. Levam arte à diversos palcos, escolas, praças, ruas suas montagens teatrais. São artistas que vivem uma arte viva, celebrando a riqueza dos saberes populares e a simplicidade do povo brasileiro. (Veja em Espetáculos).
HISTÓRICO

INTEGRANTES

A família, que também é uma companhia teatral, e a companhia teatral, que é uma família.
A Carroça de Mamulengos realiza uma arte vivencial. A criação é um processo contínuo e integrado às práticas do dia a dia; assim, é possível dizer que o palco é uma extensão do próprio lar. Os espetáculos, que aqui são chamados de "brincadeiras", incorporam todos os aspectos do viver, dão sustento, proporcionam interação com o mundo, geram aprendizados e aperfeiçoamento das virtudes. Na Carroça de Mamulengos, quem nasce recebe nome de gente e nome de palhaço ou palhaça, já tem boneco e cena pronta e um mundo para se inventar. Ser artista é cultivar a cultura no viver.
“Eu sou um canarinho, eu sou um bem-te-vi, cantando a liberdade, cantando pra existir.”
Primeira geração: Carlos Gomide (Babau), Schirley P. França.
Segunda geração: Maria, Antônio, Francisco, João, Pedro, Matheus, Isabel e Luzia.
Terceira geração: Iara, Ana, Helena, Naiá, Liana, Luna, Amari... e continua!

ESPETÁCULOS

REPERTÓRIO DE ESPETÁCULOS DA COMPANHIA

2023
Mãe e filha vão estender roupas no varal. A mãe busca ensinar formas para a filha ver a beleza na vida, mas a filha quer ver a beleza em si mesma - talvez influenciada por um mundo que exalta influencers e celebridades em redes sociais.
Ser mulher e criar uma mulher. Através da contação de histórias, as duas irão encontrar a “senhora que anda sobre os rios” (e outros contos que nascem das águas). Em mais um capítulo de suas próprias histórias, a água lava, leva e guia o coração dessas duas brincantes.
DIREÇÃO:
CLASSIFICAÇÃO:
Naira Carneiro
9 anos

2023
Cassimiro é filho de Benedito e Joaninha, tem sete anos e está começando sua vida escolar. Manezinho seu colega riquinho, se sente o dono do mundo e vive “matando” aula pra jogar bola. Joaninha é uma micro empresária, e com a sua confeitaria faz os melhores bolos, docinhos e salgados e quitutes da cidade. Manuela é a mãe de Manezinho e está preparando uma grande festa para comemorar o aniversário de 8 anos do seu filhinho. Cassimiro quer mesmo é ir pra escola, mas no caminho é atingido na cabeça com uma bolada do menino rico, e agora a confusão está armada.
Este espetáculo é uma homenagem ao Mestre Antônio do Babau, o bonequeiro que ensinou as habilidades de brincar bonecos ao avô de Ana – que por isso ficou conhecido como Carlos Babau. – Ana é a guardiã dessa linhagem. O nome, "Babauzinha", reflete essa herança e ligação com a tradição.
DIREÇÃO:
CLASSIFICAÇÃO:
Maria Gomide e Vinicius Alexandre - Guita
Livre

2020
ALBÚM DE FAMÍLIA
Uma apresentação literária em formato de leitura dramatizada inspirada no livro homônimo Álbum de Família, memória, aventurança e efabulações da trupe familiar Carroça de Mamulengos, escrito por Gabriela Romeu e lançado pela editora Peirópolis, S.P. em 2019.
Nesse espetáculo Schirley narra uma longa trajetória de vida e de arte. Mãe de oito filhos, e avó de sete netas, é pilar fundante dessa história. A contação dessas memórias vivenciadas no Brasil profundo é realizada de forma poética, emocionante, e carrega em si a verdade de quem há muito tempo escolheu trilhar o caminho da arte, como escola, e percurso para formar sua família, seu trabalho de sustento, e assim ter mais histórias para contar. Ela é feita com o uso de objetos cênicos como bonecos da tradição popular, brinquedos artesanais e o talento que conquistou gerações de brasileiros.
DIREÇÃO E ATUAÇÃO:
Schirley P. França

2021
Maria é a mãe da Ana, Ana é a filha da mãe. As duas nasceram em cena, e cresceram a cada espetáculo, compartilham histórias reais e imaginárias. Miota é uma boneca que Maria ganhou quando era criança, hoje a criança é a Ana. Mãe, filha e uma boneca… Quem é que brinca com quem?
Nesse espetáculo, duas brincantes vão viver mais um capitulo de uma história que constitui um espetáculo vivo, sempre em transformação, assim como a relação dessa dupla de palhaças.
O “Plantão de Utilidade Lúdica” é um espetáculo que surgiu a partir da interação artística da dupla Maria e Ana com o seu publico durante a quarentena por meio de lives e da criação de uma webssérie para o YouTube. O espetáculo saiu o virtual para os palcos, tendo percorrido diversos estados do Brasil.
DIREÇÃO:
Maria Gomide
CLASSIFICAÇÃO:
Livre

2017
Nessa apresentação, Carlos Gomide revive o Babau, dando vida a bonecos que foram recebidos das mãos de mestres desse folguedo.
No Babau, todas as relações de uma sociedade estão representadas em
formas de bonecos. As relações entre o político e o Estado, o coronel e seus privilégios, o padre e a igreja, o vaqueiro e seu boizinho, o médico e sua influência, o doido e suas loucuras, o policial e o abuso do poder, os empregadores e desempregados, deuses e diabos, são os ingredientes para encenações de dramas, comédias, romances e tragédias. Com uma linguagem singela é capaz de falar de assuntos profundos e tocar com delicadeza e poesia o coração dos meninos olhos dos homens.
DIREÇÃO:
Carlos Gomide
CLASSIFICAÇÃO:
Livre

2018
Um espetáculo musical inspirado na cultura popular brasileira.
A dramaturgia obedece a ordem tradicional da chegada, licença, festa e despedida. As músicas, autorais ou populares, constroem histórias com imagens e sons em um espetáculo para
todas as idades.
Criado a partir de sons, sombra e luz, a iluminação é totalmente integrada ao espetáculo, pois é quem revela as imagens vindo das sombras. Os artistas vestem os bonecos, e neles se transformam. A bandeira do Divino, que abre e fecha o espetáculo. Nos figurinos, fitas e bordados colorem os brincantes que, como passarinhos, se divertem em alvorada.
DIREÇÃO:
Maria Gomide e Renata Amaral
CLASSIFICAÇÃO:
Livre

2016
“Esta é a vez do era uma vez no rumar sem fim de quatro irmãos, vindos de terras distantes, lá de onde viver é um eterno bailar entre a vida e o sonho. Trazem consigo, em caixas e memórias, tudo que é tipo de pedaço deste tal outro mundo. Aos que espiam este anda-anda dos irmãos por uma fresta do tempo, são cantadas e contadas estórias sonhevividas ao longo dos tempos”
Com lirismos e brincadeiras, o espetáculo conta a história de um homem que plantou seu sustento por onde passou. Em suas andanças, ele encontrou a velha mais velha da terra: uma “mãe coragem”, que ousou domar o “boi bravo do tempo”. Vai janeiro e vem janeiro e os artistas andantes estão na beira de um caminho, decidindo o que fazer da vida e buscando encontrar entre caixas, memórias e sonhos o presente que a velha plantou na terra.
DIREÇÃO:
Rodolfo Vaz e Fernanda Vianna
CLASSIFICAÇÃO:
Livre

2018
Alecrim no Olho da Rua é um espetáculo que celebra a vibrante cultura popular brasileira. Um espetáculo de música, mágica, bonecos e palhaço e circo.
O protagonista, Palhaço Alecrim, conquista o público com sua performance divertida e seu figurino peculiar, trazendo à tona memórias de brincadeiras e resgatando a essência dos brinquedos populares. Com suas brincadeiras singelas e encantadoras, ele nos transporta para um universo de histórias e memórias que, com o tempo, estão se perdendo.
DIREÇÃO E ATUAÇÃO
Francisco Gomide

2014
Pano de Roda apresenta a passagem de um circo itinerante por uma cidade pequena.
Enquanto a dona do circo enfrenta o desafio de sobreviver com a sua trupe e sua arte, uma dupla de desocupados quer se dar bem, e uma menina sonha em ser uma grande artista.
Ensaiar e conseguir novos números para integrar sua companhia, e, assim, reunir uma grande plateia é o desafio da dona do circo, tendo o seu grande elenco formado pelo encarregado, a dançarina, o marceneiro e a auxiliar – que faz de tudo. Juntos eles desejam reviver seus tempos de glória.
DIREÇÃO:
Carroça de Mamulengos,
Odilia Nunes e Duda Maia
CLASSIFICAÇÃO:
Livre

2010
Era uma vez uma moça nem feia e nem linda, que sonhava fugir com o circo. Fez sua mala e partiu.
A moça, porém, não tinha nenhuma habilidade que servisse ao picadeiro, então um dia foi deixada para trás.
Vendo-se sozinha, desatinou e esqueceu seu nome e de onde vinha. Só não esqueceu o circo.
Eis que, evocado por suas lembranças, o circo aparece trazendo uma charanga de palhaços, uma bailarina tímida, bonecos reais e seres imaginários que rondam o picadeiro de sua memória.
E como tudo tem um recomeço, uma velha, nem feia e nem linda, sonha em fugir com o circo…
DIREÇÃO:
Carroça de Mamulengos e
Alessandra Vanucci
CLASSIFICAÇÃO:
Livre

2015
Os “Afilhados do Padrinho” são um grupo musical fruto da inspiração de Carlos Gomide. O nome do grupo é uma homenagem ao padre Cícero Romão Batista, tratado popularmente em Juazeiro do Norte como “Padrinho Cícero”.
Em seu balaio sonoro, a banda traz xote, baião, marcha, ciranda, carimbó, frevo, samba e guarânia. As músicas são de autoria de Carlos Gomide, que também assina o cenário, figurino e a direção musical do trabalho.
O criador dos Afilhados acredita que as músicas do grupo tem o dom de despertar a emoção para se dançar com alegria, amor e ternura com inspiração no sagrado.
DIREÇÃO:
Carlos Gomide
CLASSIFICAÇÃO: Livre

1999 - 2024
“Histórias de Teatro e Circo” é resultado de momentos vivenciados pela Família Carroça ao longo de sua história.
As cenas e os bonecos foram criados a partir do nascimento e crescimento de cada filho, conhecimento passado de irmão para irmão. Revelam o amadurecimento de uma família que se desenvolve a cada dia, a cada espetáculo, onde o palco é uma extensão do próprio lar.
É um espetáculo em constante transformação e aprimoramento. Sintetiza uma linguagem lapidada por anos de estrada, apresentando em ruas, praças, escolas, teatros e festivais. Através de uma comunicação direta, busca-se uma arte viva que toque corações de adultos e crianças.
DIREÇÃO: Carroça de Mamulengos
CLASIIFICAÇÃO: Livre

1982 - 2024
Palhaço Alegria é um marco na historia do Carroça de Mamulengos. Foi criado em 1982 e é o primeiro boneco gigante desenvolvido pela companhia. Alegria é um boneco de 3 metros de altura, que entra em cena dentro de uma caixa e em frente do publico é montado e vestido de maneira interativa e poética.
Quando o boneco Alegria abre o seu paletó, de seu peito surge um palco onde é apresentado cenas do autentico teatro mamulengo, acompanhado ao som de pífaro, zabumba e triângulo.
“Seja Noite, Seja Dia, Viva o Palhaço Alegria!”
DIREÇÃO: Carlos Gomide
CLASSIFICAÇÃO: Livre

2013
“A Folia do divino” é um festejo da Carroça de Mamulengos inspirada nos reisados de Juazeiro do Norte- CE e nas folias de reis do Centro-Oeste do Brasil. Uma brincadeira que transforma os espaços em terreiros de brincantes.
Durante o percurso, os foliões relembram histórias natalinas utilizando bonecos e teatro de sombras, os brincantes cantam, dançam, tocam instrumentos e todo o público é convidado para participar da brincadeira. Uma festa com louvação a paz, ao amor e a união do ser humano com a natureza.
DIREÇÃO: Carroça de Mamulengos
CLASSIFICAÇÃO: Livre